segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quero voar no passado....Texto de Adilar André Cossa


Quero voar no passado
( Por Adilar André Cossa)
Quero ouvir o ronco do DC3, o zunido do AVRO, o assovio do YS11, o delicioso barulho das hélices do ELECTRA, o gemido desesperado dos motores do CARAVELLE e BOEING 707 durante a decolagem, o silencio do BOEING 727 em vôo de cruzeiro e o escândalo dos reversores do 737 brega.
Quero voar nos charmosos CONSTELATION da Real Aerovias, nos elegantes DC8 da Panair, nos aviões azuis da Cruzeiro do Sul, nos multicoloridos da Transbrasil, nos pontuais da Vasp e na Varig, a estrela brasileira nos céus do mundo.
Quero pousar nos aeroportos de Santos Dumont e Congonhas com chuva e sem anti-skid, quero decolar do Galeão lotado de passageiros e combustível, quero furar o nevoeiro do Salgado Filho, passar lambendo as águas do rio amazonas e pousar naquela pista no meio da selva, quero sentir o calor dos aeroportos do nordeste e o frio deAnchorage
Quero voar baixo no DC3 para observar as paisagens, quero apreciar as belezas do Rio e a selva de pedra São Paulo nas asas do ELECTRA e do Boko Moko, quero ver as cidades se tornarem pequenos pontos a bordo do BOEING 707 e DC10, quero ver as nuvens passando pelas janelas do CARAVELLE e BOEING 727, quero ver a poeira durante o pouso do Boeing 737 nos aeroportos do interior.
Quero ver o comandante e o co-piloto pilotando e não apenas apertando botões , o engenheiro de vôo calculando, as solicitas e simpáticas comissárias, os eficientes funcionários de terra, quero visitar a cabine de comando, observar tripulantes acalmando passageiros nervosos.
Quero comida quente, aperitivos, cerveja e vinho quero mimos para lembrar do prazer de voar, quero um banquete no jantar, ser acordado com um delicioso café da manhã e bombons para presentear.
Quero chegar em New York e Miami com os primeiros raios de sol, em Paris e Londres no meio da tarde, em Tókio trocando o dia pela noite, quero voltar para apreciar a beleza do meu pais, quero ver os meus amigos no aeroporto.
Quero chegar no aeroporto vestido com elegância, ser atendido com cortesia, ver os vôos lotados e o despachante puxar de baixo da balcão aqueles cartões de embarque que não deixarão ninguém no chão.
Quero ter apenas tempo de tomar um cafezinho antes do embarque, também quero poltronas confortáveis e espaçosas, vôos pontuais, e guarda chuva se necessário.
Quero caminhar na pista, observar os mecânicos cuidando de aeronave, a comida sendo embarcada, o cheiro de querosene durante o abastecimento, o barulho da usinas, e no topo da escada abanar para os amigos.
Quero agradecer a Santos Dumont pela magnífica invenção, e lhe dizer que no seu pais a aviação é voltada para o bem. Também quero lembrar de todas as pessoas que ajudam e ajudaram transformar a magia de voar em realidade.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Electra da Varig no Santos Dumont - Década de 80. Enviado esta matéria pelo amigo Cmte. Sotomayor por email



Electra no Santos Dumont - década de 80
Essa é para matar a saudade.... Saudades de voar para São Paulo de Electra. Saudades de caminhar pela pista com o vento no rosto e subir aquela escada de alumínio. Saudades do avião espaçoso. Saudades do vôo baixo, gostoso, que deixava a gente apreciar a paisagem. Saudades da volta ao Rio e da visão do Pão de Açucar e da cidade quando saía do avião.
O texto abaixo foi retirado da internet.
"A serviço da ONU.
No dia 31 de outubro de 1962 um fato curioso ocorreu com o Electra PP-VJL, que pernoitava em N.York. Ele foi requisitado pela Organização das Nações Unidas, para ir buscar em Havana o secretario geral da ONU, H.Thant, que lá se encontrava negociando a retirada de mísseis soviéticos instalados em Cuba, que se constituíam em real ameaças aos Estados Unidos. no celebre episódio que passou à história como a Crise dos Mísseis. Nessa missão especial o PP-VJL teve como tripulantes os comandantes Plato e Padovani, o engenheiro Werner e o navegador Nicásio. Por se tratar de zona de conflito, eles concordaram em realizar o vôo após receber um rádio da Varig confirmando a contratação de um seguro especial, tendo como beneficiárias sua famílias, feito em caráter emergencial no Lloyd’s de Londres. O vôo N.York/Havana/N.York teve a duração de 9 horas e 42 minutos e, dada a importância da missão, após a decolagem de Havana, caças americanos escoltaram o avião brasileiro até Nova York, com espaço aéreo na rota interditado para qualquer outra aeronave."